Engavetada desde março de 2010, a CPI do Apagão de guia Cotia pode deixar o escuro da gaveta e se tornar realidade.
Proposta pelo vereador Toninho Kalunga (PT) a Comissão Especial de Inquérito objetiva apurar os serviços ou a falta de serviço da AES Eletropaulo em Cotia.
Para emplacar precisa de no mínimo adesão de quatro vereadores, o autor mais três. E não foi por falta de adesão que a Comissão não foi adiante quando foi proposta em março de 2010. Na época, além de Kalunga quatro vereadores assinaram o requerimento pedindo para instaurar a comissão: Paulinho Lenha (PMDB), Beto Rodovalho (PMN), Laércio Pires, o Pelé (DEM) e José Caboclo Neto (PTB). A Comissão estaria instalada automaticamente não fosse um fato inusitado e inédito: com exceção de Kalunga, nenhum vereador se apresentou para fazer parte da comissão, nem mesmo aqueles que assinaram o requerimento. (SAIBA MAIS)
Na verdade, a Comissão, embora tenha passado, não foi implantada por questões políticas. O então presidente da Câmara Marcos Nena (PP) preferiu abortar a investigação. Ele disse na época que a decisão de “apagar a CPI” foi coletiva e com a única intenção de proteger o governo tucano, do qual ele é aliado. Segundo declarações do presidente na época, Kalunga abordava questões municipais e não relacionadas à concessionária do serviço.
Para amenizar a questão e não ficar mal com o eleitorado que já naquela época sofria com os constantes apagões da Eletropaulo, o vereador convocou a empresa para uma audiência pública que resumiu em um caminhão de promessas e resolução definitiva dos apagões. O que não ocorreu.
Durante a sessão desta terça-feira alguns vereadores se manifestaram favoráveis à instalação da CPI e desta vez com o apoio do líder do governo, Cabo Givaldo (DEM) além de Rogério Franco (PMDB), Claudio Saraiva (PDT) e Beto Rodovalho (PMN). Se não ocorrer o mesmo que da outra vez, pode ser que a CPI seja instalada nos próximos dias.
Fonte: Cotia Todo Dia