Cotia é 10ª cidade no ranking de lançamentos imobiliários na Grande São Paulo

Barueri, Carapicuíba, Osasco e Cotia estão entre as dez cidades da Grande São Paulo com maior número de imóveis residenciais postos à venda neste ano. Juntos, elas são responsáveis por quase 15% (14,8%) dos lançamentos imobiliários na região metropolitana.

O aumento da participação desses municípios acontece ao mesmo tempo em que a cidade de São Paulo perde espaço no segmento, respondendo por menos da metade dos lançamentos (49,9%). Pela primeira vez em décadas, a participação dos 38 municípios da Grande São Paulo é maior do que o da capital.

Em 2007, os lançamentos na capital correspondiam a 70,9%, percentual que, dois anos depois, caiu para 57,6%. Para Celso Petrucci, economista-chefe do Secovi (Sindicato da Habitação) de São Paulo, essa é uma tendência consolidada. “A expectativa é que o mercado imobiliário continue crescendo nas outras cidades. Esses indicadores demonstram que existe um mercado bastante dinâmico nesses locais”, explica ele.



Entre as explicações para a migração dos empreendimentos está a escassez de terrenos, o plano diretor do município e o excesso de burocracia, dificultando a aprovação de projetos pela Prefeitura. “O zoneamento e os poucos distritos com potencial construtivos colaboram muito para essa mudança”, argumentou o economista.

O “Minha Casa, Minha Vida”, do governo federal, também influenciou esse deslocamento. Para se enquadrarem no programa, as unidades habitacionais podem custar, no máximo, R$ 130 mil. Mas, o alto custo dos terrenos na capital impossibilita que os empreendimentos sejam incluídos no programa.

De acordo com Petrucci, o perfil dos empreendimentos nos municípios da região metropolitana, diferem das moradias postas à venda na capital. “Proporcionalmente, são lançados mais imóveis de 3 ou 4 dormitórios em São Paulo, do que nas cidades do entorno”, admitiu.

Na região Oeste, cresceu o lançamento de residências com 2 dormitórios e o preço das unidades caiu, pois o poder aquisitivo é mais baixo. “A procura por esse tipo de imóvel é maior, porque há mais pessoas interessadas e, geralmente, é seu primeiro imóvel”, revela Petrucci, acrescentando que o perfil das cidades também influencia nos lançamentos.

Fonte:  Cotia Todo Dia





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