Fim de ano chegou e a expectativa no aumento do faturamento no comércio de Cotia é otimista. É época de renovar o estoque, vender o que ficou encalhado durante o ano, fazer promoções e faturar muito.
Para isso, o comércio de Cotia está em clima de Natal e aproveita para “arrancar” do consumidor, o dinheirinho extra que entra no final do ano, como 13º salário e férias.
Só para se ter uma ideia do quanto de dinheiro estará circulando, os dados apresentados pelo IBGE e Ministério do Trabalho e Emprego, mostram que quase 50 milhões de reais, isso só do mercado formal, estará nas mãos de trabalhadores de Cotia. É muito dinheiro, mesmo que não seja ele todo gasto na cidade, mas uma fatia desse valor, com certeza movimentará a economia local.
Para isso, comerciantes investiram no aumento do estoque de seus produtos e na contratação de funcionários temporários.
Não se tem um número exato de quanto é investido para esta época do ano. Os empresários não falam sobre valores, mas um dos lojistas ouvidos pelo cotiatododia, deu o exemplo de uma grande loja do centro, que segundo ele, investiu 200 mil reais para encher seu estoque de produtos. Pode até haver investimento maior, mas boa parte dos comerciantes, principalmente os de pequeno porte, investem quantias mais modestas.
E para atender tanta gente, é preciso contratar novos funcionários, mesmo que sejam temporários. Uma agência de empregos da cidade tinha no mês de novembro, 233 vagas para temporários, para Cotia, Granja Viana, Caucaia e Vargem Grande. Suzana, funcionária da agência, disse que 90% foram preenchidas até o final de novembro. As vagas são na maioria para atendentes, vendedores e balconistas de lojas, mas há espaço para garçom, auxiliar de limpeza, estoquista e até manobrista.
Uma loja de roupas e calçados do centro de Cotia tem 15 funcionários e está contratando mais 25. O encarregado da loja diz que se precisar, contratará mais pessoas: “A expectativa é de que o movimento seja maior do que em 2009 e no ano passado tivemos problemas com a falta de mão de obra e ficou complicado trabalhar”, disse.
O Presidente da Associação Comercial e Industrial de Cotia, José Torrezani, mostra números mais otimistas. Segundo ele, foram contratados para o comércio e indústria da cidade (isso inclui Granja Viana e Caucaia), entre 1500 a 2000 empregados temporários.
Sobre o faturamento do comércio de Cotia, ele diz que alguns setores aumentam o faturamento em até 100%, como o de calçados, as lojas de presentes e bijuterias faturam a mais, cerca de 80%. O setor de vestuário tem lucros de 70% acima do normal. Outros tem em média 50% a mais de vendas, tanto lojas consideradas grandes, como as de eletrodomésticos, assim como as pequenas.
Em muitos lugares da região, inclusive na capital, é muito comum os comerciantes se unirem para enfeitar as ruas nesta época. Em Cotia não se tem esse hábito e segundo Torrezani, por falta de união dos comerciantes da cidade: ” A Associação não pode bancar os enfeites. Já tentamos fazer parceria com a Prefeitura, mas não saiu do papel.
Nós nos comprometemos em coordenar o enfeite das ruas, mas precisa haver boa vontade de todas as partes”, falou o Presidente, que ainda comentou que não é justo a Associação bancar os enfeites de uma rua como a Senador Feijó, por exemplo, e não enfeitar outras, como no Portão, Caucaia, Granja e Atalaia, lugares onde há muitos associados.
Desde maio, a Associação foi conversar com os comerciantes, para incentivá-los a enfeitar a rua onde estão seus estabelecimentos, mas alguns acham que não é dever deles pagar pelo serviço.
Fonte: Cotia Todo Dia