O Movimento Antimanicomial visa conscientizar a população para que as pessoas com sofrimento mental sejam cada vez mais acolhidas, cuidadas e tratadas como sujeitos com direito de estar no convívio social, e receberem apoio especial para sua reinserção na sociedade.
Estimativas do Ministério da Saúde apontam que entre 18% e 20% da população do país tem algum tipo de distúrbio mental. Em Encontra Cotia, o último levantamento data de 2007. Naquele ano cerca de 4 mil pessoas passaram por atendimento na Secretaria de Saúde. Atualmente segundo a coordenadora do Centro de Atenção Psicossocial – CAPS, Neide Bizarro, das 350 pessoas inscritas no CAPS, 180 passam por acompanhamento. Segundo ela, o principal diagnóstico é esquizofrenia – distúrbio que se caracteriza classicamente por alterações do pensamento e alucinações e que se manifesta tanto em homens como mulheres na faixa etária entre 15 e 26 anos de idade.
Por incrível que pareça, a família ainda é o principal empecilho para a melhora das pessoas com algum problema mental, lembra Neide Bizarro. “A família demora a aceitar que seu filho ou outro parente tenha uma doença mental, o que prejudica o tratamento”.
O secretário de Saúde Antonio Melo abriu o evento lembrando que atualmente a maioria dos manicômios – local onde se abrigavam pessoas com problemas mentais, que mais pareciam depósitos de seres humanos – estão fechado no Brasil graças à uma nova política de inserção e de atendimento a essas pessoas.
Fonte: Cotia Todo Dia