Munck. Os profissionais da construção civil e de transportes pesados conhecem bem este nome, que define os guindastes, equipamentos com sistema hidráulico para movimentação, içamento, remoção de equipamentos e máquinas.
Mas para os moradores da Cidade Cotia, Munck remete para as empresas Munck, que durante quase 30 anos empregou centenas de trabalhadores até fechar as portas no final dos anos 80.
Tanto o guindaste como a empresa com sede em Cotia, foram criados pelo engenheiro norueguês Tore Albert Munck, que chegou na cidade em 1959 e aqui construiu seu império, constituiu família, gerou emprego e protagonizou algumas polêmicas.
O império Munck ocupou quatro galpões; três em Cotia. Uma das empresas era no km 20 próximo a Avon, onde hoje está o pátio de uma empresa de leilões de carros, em Cotia, as empresas estavam no Parque São George ocupado atualmente pela Impsat, outra no Jardim São Vicente, onde hoje está Tecnoestamp e finalmente no km 30 da Raposo Tavares, instalações que foram ocupadas pela Movicarga. A Fundação Munck foi criada para atender moradores da cidade com cursos de especialização, chegou a funcionar por algum tempo mas por motivos ainda não esclarecidos encerrou atividades. O prédio da fundação hoje é ocupado pelo Colégio Desafio.
Toda a história de Munck e suas empresas será relembrada no museu que está sendo criado na primeira casa construída por ele, na região da Estrada da Capuava, altura do km 26 da Raposo Tavares, divisa entre Cotia e Embu das Artes. A casa, construída por ele mesmo, na década de 60, está onde hoje é o residencial Vintage, da EPC Empreendimentos Imobiliários e será transformada no Museu Munck. Quando adquiriu a área, Confúcio Cavalcante, diretor da empresa, decidiu que iria restaurar o imóvel e transformá-lo no primeiro museu da cidade. A restauração, sob responsabilidade da arquiteta Elisa Nunes já esta em fase adiantada, mas o Museu deve entrar em funcionamento em aproximadamente dois anos.
O Museu
A data da construção da primeira casa de Tore Munck não é exata. Estima-se que foi erguida no início dos anos 60 e durante muitos anos, foi ali que ele morou com sua família.
Desocupada há muitos anos, a casa está degradada pelo tempo e por ação de vândalos que antes da área ser adquirida pela EPC invadiram o local e até atearam fogo em parte do imóvel, prejudicando ainda mais sua estrutura.
Fonte: Cotia Todo Dia