Zoonose: Leishmaniose visceral preocupa criadores de cães de Cotia

Cerca de 20 criadores de cães da cidade de Cotia e região participaram da palestra “Leishmaniose Visceral: como enfrentar esse desafio?”, com o Médico Veterinário, especialista na doença, Andrei Nascimento, no dia 19 de maio.

O evento, promovido pela Intervet/Schering-Plough, em parceria com o Médico Veterinário Gilberto Mamoro Baba, teve o objetivo de informar sobre essa grave doença de saúde pública, por se tratar de uma zoonose de alta letalidade, e conscientizar sobre as formas de prevenção, como a utilização da coleira impregnada com deltametrina nos cães, princípio-ativo repelente e inseticida recomendado pela Organização Mundial da Saúde.

Segundo Andrei Nascimento, os criadores mostraram-se preocupados e interessados no assunto, já que é uma doença que acomete a região. “Cotia e Embu já são consideradas áreas endêmicas para a leishmaniose visceral canina segundo o Centro de Vigilância Epidemiológica de São Paulo. Como eles criam cães e vendem para todo o Brasil, precisam tomar atitudes para que os animais não sejam infectados”, esclarece o Médico Veterinário.



O palestrante acrescenta que ainda não há casos registrados em humanos, mas pesquisadores estimam que nas áreas endêmicas, para cada humano doente, existam 200 cães infectados.

“Esse número mostra, mais uma vez, a importância da prevenção. Com os cães encoleirados, a probabilidade dos humanos se infectarem diminui consideravelmente”, ressalta. A leishmaniose é transmitida, principalmente, através da picada de um mosquito conhecido popularmente como “mosquito palha”.

O cão tem um importante papel na manutenção da doença no ambiente urbano visto que pode permanecer sem sintomas mesmo estando doente.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a leishmaniose visceral registra anualmente 500 mil novos casos humanos no mundo com 59 mil óbitos. Quando não tratada, pode evoluir para óbito em mais de 90% das ocorrências. Na América Latina, ela já foi detectada em 12 países e, destes, cerca de 90%dos casos acontecem no Brasil, onde, em média, 3.500 pessoas são infectadas e o número de óbitos é de aproximadamente 200, anualmente.

Fonte: Cotia Todo Dia





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